Prometi escrever-te e confessar-te os meus mais obscuros sentimentos, pode ser que assim a claridade se apodere de mim e derreta o gelo em que tu me envolves-te. Quando desaparecias, tiravas umas férias daquilo que era a nossa rotina agarrava-me as tuas fotografias derramando memórias achando-me incapaz de viver. Então esperava sentada por ti, achando melhor ficar quieta pois pensava não distinguir o certo e o errado.
Mas afinal sempre o soube, só tinha medo que viesses a julgar os meus movimentos pela sua brusquidão ou pela sua pacificidade.
Agora não vivo na tua sombra, na penumbra de não saber quem sou. Não piso, nem sigo as tuas pegadas, pois eram apenas socalcos no chão que contudo só me fariam desequilibrar impedindo-me de algum dia te poder alcançar.
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